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JUSTIÇA
Domingo - 24 de Setembro de 2017 às 20:24
Por: A GAZETA

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Diretor da ONG, Gilmar Brunetto
Diretor da ONG, Gilmar Brunetto

O Movimento Organizado pela Moralidade Pública e Cidadania (ONG Moral) vai protocolar nesta segunda-feira (25) quatro requerimentos pedindo uma série de medidas que vão desde a abertura de processos para apurar a conduta dos deputados estaduais citados na delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) até a suspensão das concessões de rádio do político. A informação foi confirmada pelo diretor da entidade, Gilmar Brunetto.

Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), a entidade vai protocolar junto a Comissão de Ética um requerimento para apurar a conduta dos parlamentares que seguem com cargo e que, na legislatura anterior, foram flagrados recebendo dinheiro vivo das mãos do chefe de gabinete do ex-governador, Sílvio Cezar Correa Araújo.

Já no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e no Ministério Público Estadual (MP), as representações defendem a anulação da concessão MT-130, trecho entre as cidades de Rondonópolis e Primavera do Leste, para a Concessionária Morro da Mesa. A empresa seria ligada ao deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD) que, conforme a delação de Silval, teria pago R$ 7 milhões em propina para poder explorar a rodovia.

O deputado, por meio de nota, afirmou que nunca fez parte das empresas e não participa do Conselho de nenhuma delas. A defesa do parlamentar, inclusive, já enviou tais informações ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, relator do inquérito instaurado por conta da delação, com documentos que comprovariam o fato.

A quarta e última representação será entregue ao Ministério Público Federal (MPF) e quer a suspensão das concessões de rádio de propriedade da família de Silval. Em sua delação, o ex-governador relatou ter comprado várias concessões de rádios no interior de Mato Grosso e de São Paulo com dinheiro oriundo de propina.

Quatro emissoras teriam sido, adquiridas ao custo de R$ 1 milhão, do ex-deputado José Geraldo Riva. O dinheiro usado no negócio teria sido arrecadado pelo político por meio da cobrança de propina do empresário Willians Mischur, dono da Consignum, empresa que gerenciava a margem de crédito consignável dos servidores estaduais.

Conforme Brunetto, os fatos narrados por Silval são estarrecedores e é necessários que os órgãos atuem no sentido de buscar reparar os danos causados. “As imagens que nos foram mostradas revelam que fatos graves ocorreram. Estamos cumprindo nosso papel e exigimos o acolhimento dos nossos pedidos”.





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