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JUSTIÇA
Quarta - 17 de Fevereiro de 2016 às 17:00
Por: MT Noticias

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O procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, foi preso nesta quarta-feira (17), por agentes do Grupo de Atenção Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Ele estava com mandado de prisão em aberto oriundo da Operação Seven, que apura o desvio de R$ 7 milhões através da compra ilegal de área que já pertencia ao Estado.

A detenção ocorreu no Fórum de Cuiabá, logo após ele ser interrogado pela juíza Selma Rosane dos Santos, da 7ª vara Criminal, nos autos do processo oriundo da Operação Sodoma. Nesse autos, ele era monitorado por meio de tornozeleira eletrônica.

Agora, ele deve ser encaminhado ao Centro de Custódia de Cuiabá, onde estão presos o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e os ex-secretários de Estado, Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, além do ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto.

Chico Lima foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE), como um dos responsáveis pela elaboração das ações criminosas e pelas ordens necessárias para a execução dos crimes.

Na época, Lima solicitou que o Estado comprasse uma área rural composta por 721 hectares, conhecida como Fazenda Cuiabá da Larga, de propriedade de seu cunhado, Filinto Correa da Costa.

O procurador era responsável pela ordem de serviço de tramitação do processo administrativo para que chegasse até o fim e que ocorresse enquanto os envolvidos estivessem no exercício de seus mandatos e cargos políticos.

Ainda consta no documento que, o funcionamento do esquema teria o prazo de um ano já que o ex-governador não concorreria a reeleição.

Operação Seven

Deflagrada no dia 1º de fevereiro, a Operação Seven desbaratinou uma organização criminosa por esquemas de desvios de R$ 7 milhões dos cofres públicos.

Na ocasião foram presos preventivamente: o ex-presidente do Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso), Afonso Dalberto e o ex-secretário adjunto da antiga Secretaria de Estado de Administração, coronel José de Jesus Nunes Cordeiro, bem como Silval e o ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf.

De acordo com o MPE, o esquema iniciou com uma solicitação para que o Estado de Mato Grosso realizasse a aquisição de uma área de terra rural, para ser acrescida ao Parque Estadual Águas do Cuiabá.

O processo tramitou por vários órgãos públicos estaduais (Sema, antiga SAD, Casa Civil e Intermat), onde passou pela análise “técnica” de vários agentes públicos, para que, ao final, fosse realizado o indevido pagamento dessa área.

Entretanto, as investigações constataram que essa área já pertencia ao Estado de Mato Grosso, ou seja, a mesma área foi paga duas vezes.





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