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CULTURA
Quinta - 05 de Novembro de 2015 às 16:00
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 Cores vibrantes traduzem a fé do povo mato-grossense e saltam aos olhos, revelados pelo foco apurado do fotógrafo e documentarista Mário Friedlander. Em mostra individual que começa nesta quinta-feira (5), no Museu de Arte de Mato Grosso, ele revela recortes da cultura popular, registros de algumas das mais importantes festas de santo realizadas no Pantanal. A exposição “Santos Pantaneiros” será lançada às 20 horas, com apresentação do grupo Mascarados de Poconé.

Ao todo 84 imagens formatadas em dois tamanhos diferentes compõem o projeto, dentre elas, um mosaico com 60 fotos que retratam os preparativos das festas religiosas e os costumes das populações tradicionais que seguem perpetuando a cultura ancestral.As fotografias podem ser conferidas até o dia 29 de novembro.

O fascínio pela temática, segundo Friedlander, é herança do sincretismo religioso adotado pelo pai. “Me atrai tanto pelo fato que meu pai era um judeu umbandista, tanto pela oportunidade de vivenciar experiências muito interessantes com comunidades e povos tradicionais”, destaca.

“Sempre me surpreendo nestes encontros. São tantos devotos, manifestações artísticas diferentes que alcançam o sobrenatural”, testemunha Mario. Ele ressalta ainda, que a presença nestes lugares e o conseqüente registro destas festas lhe exigem muito aprofundamento. “Interesso-me pelas origens, pesquiso, não me limito apenas ao registro”.

Dos 35 anos em que escolheu Mato Grosso como morada, ele calcula que 17 deles foram dedicados a estas viagens. Os registros fotográficos foram feitos nas festas de São Benedito, Divino, Santana, São João e São Gonçalo, São Pedro, Cavalhada de São Benedito, todas realizadas em Poconé, além de São Bento e nossa Senhora Aparecida de Rosário Oeste, festa de São Pedro da Comunidade de Joselândia e Santo Antônio da comunidade Maravilha de Poconé.

A diretora executiva do museu, Viviene Lozi, declara que as imagens revelam tradição das celebrações festivas presentes na cultura popular brasileira. “O Governo de Mato Grosso e o Museu de Arte convidam o público, pois foi especialmente idealizada. Uma instalação denominada Arco da Iluminação, deve encantar o público”, garante. 

Segundo Viviene, trata-se de uma réplica com elementos usados na cerimônia a exemplo das luminárias de cerâmica, um altar que estabelece o caráter precioso do costume regional das comunidades festeiras, além de uma sala repleta de bandeirolas, que costumam ser ícones da decoração destas festividades.

Arte e denúncia

Quem conferir a abertura da exposição tem ainda a oportunidade de conferir outra mostra, a Hemma Thomas. Esta denuncia por meio da arte, um universo invisível aos olhos da sociedade que se materializa em relatos diários de boletins de ocorrência e reportagens que denunciam os horrores da violência doméstica. O acervo surrealista com comprometimento social que escandaliza e denuncia, pode ser visto até o dia 22 de novembro.

O Museu de Arte de Mato Grosso é administrado via contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer, por meio da Associação Casa de Guimarães. Visitações podem ser feitas de terça-feira a domingo, das 9 às 17 horas.




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