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JUSTIÇA
Sexta - 18 de Setembro de 2015 às 16:23
Por: Olhar Direto

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 Sílvio Cezar Correa Araújo, ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, teria abordado uma servidora da Casa Militar, por meio do aplicativo whatsapp, ainda quando estava preso por força de mandado expedido nos autos da Operação Ouro de Tolo, com intuito de reaver seu passaporte. O fato demonstraria a pretensão de articular uma fuga. As informações foram divulgadas pela magistrada Selma Rosane Arruda, nos decretos de prisões preventivas na Operação Sodoma, desencadeada no dia 15 de setembro.

Investigado no inquérito fruto da “Sodoma”, em que o ex-governador de Mato Grosso figura como líder de um esquema corrupto para expedição de incentivos fiscais, Correa Araújo foi detido preventivamente por supostamente compactuar com Roseli Barbosa, ex-primeira-dama, acusada de desviar R$ 8 milhões da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas), fatos apurados pela “Ouro de Tolo’.

“[...] esta magistrada tem conhecimento próprio, por meio do que ocorreu nos autos de n. 414182, que tramitam nesta Vara, que Sílvio Cezar Correa Araújo teria abordado uma servidora da Casa Militar, por meio do aplicativo whatassap, ainda quando estava preso por força de mandado expedido naqueles autos, no intuito de obter com ela um passaporte”, expõe os autos ligado a Operação Sodoma. “Esse fato é um indicativo claro que o mesmo pretende foragir, já que naqueles autos responde por crime peculato”, concluiu a juíza.

Na ocasião da detenção, o ex-chefe de gabinete impetrou habeas corpus, deferido oito dias depois. Foi imposto como medida cautelar a necessidade do uso de tornozeleira eletrônica. Denuncias da Operação Sodoma apontam que Sílvio Cezar Correa teria recebido o valor estimado em R$ 25 mil no esquema supostamente liderado por Silval.

Operação Sodoma

A operação acontece no âmbito de inquérito policial que investiga uma organização criminosa composta por agentes públicos que ocuparam cargos do alto escalão do Governo do Estado nos anos de 2013 e 2014, e apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Silval Barbosa, o ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf e o ex-secretário de Receita Marcel de Cursi, todos suspeitos de liderar os crimes, estão presos pelo esquema. A operação foi realizada em conjunto pela Delegacia de Combate à Corrupção, Ministério Público Estadual, Secretaria de Fazenda de Mato Grosso e Procuradoria Geral do Estado, com apoio do Sistema de Inteligência do Estado.

Operação Ouro de Tolo

O esquema investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE) aponta para indícios de fraudes no valor de R$ 8 milhões durante a gestão de Barbosa a frente da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas).




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