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JUSTIÇA
Sexta - 18 de Setembro de 2015 às 13:10
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) é tido como líder da suposta organização criminosa que extorquia empresários em troca de liberação de incentivos fiscais.

Isto é o que revela a juíza Selma Rosane, da 7ª Vara Criminal, na decisão que decretou a prisão do pemedebista proferida no último dia 14.

Na decisão da juiza, um dos principais argumentos é o grande poder de liderança que Silval ainda exerce sobre políticos e empresário de Mato Grosso.

“O próprio delator, o empresário João Batista Rosa declara que quando a CPI da Sonegação citou os nomes de suas empresas, Nadaf teria lhe dito ‘fique tranquilo vamos resolver estou indo na casa de Silval para entrar no circuito’. Essa afirmação foi feita há menos de um mês e indica que Silval, ainda que não exerça mais o cargo de governador, tem utilizado de sua influência política”, disse a juíza em um trecho da decisão judicial.

A magistrada também acusa o ex-governador de estar articulando politicamente para que as investigações da CPI não tenham êxito necessário.

Por fim a magistrada declara os fortes indícios da participação de cada um dos acusados, principalmente de Silval Barbosa que além de mentor, chefe e mandante da organização, é também o maior beneficiário das fraudes.

Negociantes

A decisão traz ainda que os ex-secretários Marcel Cursi e Pedro Nadaf como negociantes dos esquemas.

“Os emissários eram Pedro Nadaf e Marcel Cursi que negociavam diretamente com o empresário, os quais pessoalmente exigiram os pagamentos. Porém Nadaf teve atuação mais proeminente, efetuou boa parte dos recebimentos e ‘maquiou’ considerável parcela da propina paga”, disse a juíza Selma Rosane, em um trecho da decisão.

Operação Sodoma

Silval, Nadaf e Cursi estão presos. O primeiro se apresentou ontem (17) a polícia. Já os demais foram presos durante a deflagração da Operação Sodoma no último dia 15.

Na ocasião, várias pessoas foram ouvidas na Delegacia Fazendária e mandados de busca e apreensão cumpridos na Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio), NBC Assessoria Consultoria e Planejamento e Invest, e ainda nas residências de três parentes dos suspeitos.

Também foram cumpridos três conduções coercitivas e dois monitoramentos eletrônicos.





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