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JUSTIÇA
Segunda - 14 de Setembro de 2015 às 10:10
Por: G1 MT

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 Três anos depois do assassinato da jovem, de 23 anos, que foi esfaqueada e teve o corpo jogado dentro da fornalha de uma pizzaria de Cuiabá, o acusado de ter cometido o crime vai enfrentar júri popular no dia 19 de novembro. O pizzaiolo Weber Melquis, de 26 anos, é réu confesso e está preso no Centro de Ressocialização da capital, antigo presídio Carumbé.

O crime ocorreu em fevereiro de 2012 no estabelecimento do pai do acusado. De acordo com a decisão da juíza da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Maria Aparecida Ferreira Fago, o júri deverá iniciar a partir das 13h30 no Fórum de Cuiabá, onde também deverão ser ouvidas testemunhas arroladas pelo Ministério Público Estadual (MPE).

A reportagem tentou obter contato com a defesa do réu, mas as ligações não foram atendidas. Nos últimos dois anos, a defesa argumentou perante a Justiça que Weber Melquis tinha problema mental e solicitou exames. Em fevereiro deste ano, segundo os autos do processo, o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que o acusado não possui nenhuma insanidade mental e é dependente químico.

O jovem chegou à declarar à Polícia Civil, durante depoimento, que estava arrendido do assassinato. A vítima foi esfaqueada e queimada dentro da fornalha. A denúncia feita pelo MPE aponta que o acusado teria cometido o crime por motivo fútil e sem dar chance para a vítima reagir.

 

De acordo com história e avaliação [o paciente] faz uso nocivo de cocaína, modo de consumo de substância psicoativa que não preenche critérios para síndrome de dependência da substância. Conclui-se que Weber era à época dos fatos totalmente capaz de entender o caráter ilícito e de determinar-se de acordo com esse entendimento, diz trecho do laudo.

Noite trágica

Consta da denúncia do MPE que o acusado fechou a pizzaria na noite do dia 3 de fevereiro, por volta das 23h30. Em seguida, seguiu em uma moto e abordou, por volta das 3h, jovens que estavam em frente a uma boate, que fica próximo à rodoviária da capital. No local, ele começou a usar drogas com as mulheres e, em seguida, saiu do estabelecimento na companhia de uma delas para comprar cerveja e cigarros. Eles retornaram para a frente da boate e, depois, foram para a pizzaria buscar dinheiro para comprar mais drogas.

 

Dentro do estabelecimento do pai dele, o suspeito deu três golpes de faca na jovem, que tinha 23 anos, sendo que um deles acertou o pescoço da vítima. A seguir, o suspeito colocou o corpo dela na fornalha e acendeu. Enquanto o corpo da garota queimava no forno, diz o MP, o suspeito limpou o sangue no chão da pizzaria. O corpo da jovem foi encontrado pela própria polícia totalmente carbonizado horas depois do crime.





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