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JUSTIÇA
Sexta - 11 de Setembro de 2015 às 16:37
Por: G1 MT

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 Depois de quase dois dias de julgamento, o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro foi condenado na tarde desta sexta-feira (11), a 44 anos e dois meses de prisão em regime fechado pela morte do empresário Rivelino Jacques Brunini, que integrava uma rede de caça-níqueis no estado, e de Fauze Rachid Jaudy, em junho de 2002. O julgamento teve início na manhã desta quinta-feira (10). Arcanjo e Brunini seriam sócios nesse esquema de máquinas caça-níqueis, o que a defesa do réu alegou durante todo o júri.

No julgamento, seis pessoas prestaram depoimento, sendo que o mais longo foi o da irmã de Brunini, Raquel Spadoni Jacques Brunini. Emocionada, ela chorou perante a juíza Mônica Catarina Perri, que conduziu o julgamento, e disse não restar dúvidas de que João Arcanjo mandou matar o empresário após um suposto conflito por causa da exploração de máquinas caça-níqueis em Mato Grosso na década passada.

Raquel disse que a vida da família ficou destruída depois do assassinato. No dia do assassinato, as crianças para a casa da avó. Tivemos que sair de Mato Grosso. Fomos ameaçados por telefone. Igual filme de terror. Fomos embora e até hoje vivo fora do país. Passaram 12 anos e até agora ninguém trouxe meu irmão de volta. Tudo por causa do desgraçado desse homem, declarou, durante o júri.

Na sustentação oral, o promotor do Ministério Público Estadual (MPE), Vinícius Gahyva, disse ter absoluta certeza de que Arcanjo é o mandante do crime e citou as confissões dos ex-pistoleiros de Célio Alves e Hércules Agostinho, já condenados pelo duplo homicídio. Hércules foi quem efetuou os disparos que atingiram e mataram o empresário e Célio teria dado cobertura ao crime.

Argumentou que os jurados não poderiam esperar que fosse apresentado um contrato de crimes de pistolagem. O crime organizado funciona por intermediários, nesse caso com pessoas como o coronel Lepesteur e o sargento Jesus, disse, numa referência ao coronel Frederico Carlos Lepesteur, preso durante a Operação Arca de Noé, deflagrada para prender João Arcanjo, e ao sargento da Polícia Militar, José Jesus de Freitas, assassinado em abril de 2002. Lepesteur prestava serviços ao ex-bicheiro, segundo o MPE.

Segundo júri

Esse é o segundo júri popular que Arcanjo enfrenta. O primeiro foi em 2013 pela morte de Domingos Sávio Brandão, quando ele foi condenado a 19 anos de prisão. Ele está preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Porto Velho (RO).





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