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CULTURA
Quinta - 27 de Agosto de 2015 às 10:17
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 Depois de se apresentar na Europa, o grupo Flor Ribeirinha, da comunidade São Gonçalo beira rio, chega uniformizado na manhã desta quinta-feira. Após se destacar em Festivais Internacionais de Folclore na França, no ano passado, o grupo foi convidado pela Federação Brasileira de Artes Populares para representar o Brasil este ano, na Itália, onde se apresentou nas cidades de Florença, Veneza, Apiro, Tarcento e na capital Roma. 

Durante a turnê o grupo mostrou o espetáculo "Eis aqui sempre em Flor Mato Grosso" e uma parte do  "Nandaia”. O Flor Ribeirinha apresentou as tradições culturais e homenageou as expressões da cultura popular do estado como o Chorado de Vila Bela da Santíssima Trindade, os Mascarados de Poconé, a devoção por São Benedito e São Gonçalo, além do Boi a Serra, o cururu e o  rasqueado cuiabano. 

O evento na Itália contou com a presença de representantes da Espanha, México, Nova Zelândia, Rússia e Moldova. Na ocasião, os representantes da Italian Folklore Festivals United -  entidade reconhecida mundialmente - destacaram a beleza e força da cultura brasileira. A presidente e fundadora do Grupo Flor Ribeirinha, domingas Leonor,   destacou que o convite para se apresentar na Itália foi uma grande conquista para o grupo e representa o reconhecimento da cultura popular Mato-grossense. "Esta turnê marca a nossa história, pois tivemos a oportunidade de mostrar a beleza da nossa cultura para diferentes países. É o nosso siriri rompendo fronteiras”, disse ela.

Histórico – O grupo nasceu em julho de 1993, em São Gonçalo Beira Rio,  comunidade que foi fundada no século XVIII, no território Coxiponés. O Flor Ribeirinha não poderia deixar de trabalhar a dança típica mato-grossense, realizada há mais de 200 anos, que reflete o multiculturalismo brasileiro formado por índios, negros, portugueses e espanhóis. Em suas apresentações, o grupo manifesta, numa coreografia variada; melodias alegres e letras que têm como mote a vida ribeirinha e as tradições religiosas. Apresenta o ritmo contagiante, harmonizado e marcado pela batida da viola de cocho, do mocho e do ganzá.

O siriri é dançado e cantado por homens e  mulheres em fila ou roda formada por pares que cantam e batem palmas ao ritmo rápido e forte da música. O coro é próprio da música ameríndia, com clara influência da música serena e melodiosa repleta de sentimento religioso dos colonizadores. O ritmo marcado por instrumentos de percussão é herança da música africana. O grupo foi idealizado para preservar, promover e divulgar a cultura popular e o bom desenvolvimento artístico da juventude. Com isso, o Flor Ribeirinha efetiva um trabalho de preservação do siriri, cururu e rasqueado importantes manifestações culturais de Mato Grosso, levando para outros países o brilho e riqueza da Cultura Popular brasileira.

O Flor Ribeirinha com 23 anos de existência, já participou de todos os festivais de Siriri em Mato Grosso. No ano passado, o grupo foi convidado para se apresentar no Festival de Dança de Santa Catarina, na cidade de Joinville; participou também em Minas Gerais, na cidade histórica de Ouro Preto, do Encontro Nacional de Danças populares.  Em seguida, o grupo se apresentou no evento Goal to Brazil, em Lima no Peru e posteriormente foi convidado para apresentar o siriri em Assunción, no Paraguay. Em julho do ano passado fez uma turnê pela França e este ano na  Itália. 





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