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Terça - 05 de Agosto de 2014 às 07:18
Por: WILSON CARLOS FUÁ

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Economista Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas
Economista Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas
Durante as convenções ficou constatado que as ideologias são muito similares, pois os partidos viraram apenas meras roupagens para os políticos usarem de acordo com as necessidades momentâneas e interesses pessoais.

Depois das convenções vem o freio de acomodação, aquele que era mister virou estorvo, e as notícias se sucedem na velocidade instantânea dos Sites, e mesmo assim, não conseguem acompanhar nos últimos dias sobre os (des) acertos no quadro político-partidário, especialmente no que se refere às coligações de determinados candidatos para este pleito de 2014, sobretudo para governador e senador. Este que era não é mais, e aquele que não era, agora passa a ser.


O mundo político é muito transitório, as verdades se envelhecem a cada amanhecer e as mentiras nascem como erva daninha e perpetuam de acordo com as infinitas explicações que chegam ao povo através das “coletivas”. Será que os trabalhadores acompanham e entendem o que se passa na cabeça dos políticos, e nas entranhas dos partidos?


Aqueles ditos formadores de opinião, por necessidade de produzir textos diariamente, viram meros palpiteiros travestidos de colunistas, tentando explicar essa complicadíssima seara do mundo política dominado por interesses pessoais, mais do que ações de cunho político/social.

Trata-se de eleger aquele que terá as chaves do cofre e o poder da caneta, que na verdade é um mundo onde envolvem milhões de recursos públicos, (antes e depois), submetidos a acordos de interesses de seguimentos poderosos e de grupos endinheirados, e ao fim das eleições aquela máxima, que dizia que o governo existe para o cidadão, passa muito longe disso tudo.

Mesmo depois das atas assinadas, modificadas, remendadas, julgadas, os titulares são substituídos, uns por alegações de traições, outros substituídos para abrir espaço para patrocinadores de ocasiões, e outros são substituídos durante a partida, por decisão do “Núcleo Duro dos Coordenadores”, é simples assim: ele não pensava como nós, e apenas imaginava que o povo era apenas um animal político.


Vai começar o grande espetáculo político, explode vaidades e as emoções dos debates são palpitantes e lá vêm em forma de ataques pessoais, fatos da história da vida do candidato até então escondidos, são divulgados em forma de vídeos e fotos antigas, mas comprometedoras, e que podem virar escândalos de campanha, promovendo estragos e que são facilmente verificadas no “sobe e desce” das pesquisas e finalmente entra em ação os Doutos da Legislação Eleitoral, a palavra de ordem passa a ser:


1 - vamos recorrer;

2 - vamos impugnar;
3 - amanhã sai a liminar;
4 - ganhou, mas não levará pois está “sub judice”.


Durante a campanha tudo é muito imediato, o “Núcleo Duro dos Coordenadores” tem que ser muito ágio, e as decisões tem que ser todas de imediato por que em política não existe lógica eterna, e sim, o princípio de pragmatismo, e o que importa é a coerência rumo à vitória. Antigamente água e óleo não se misturavam, mas visando acomodar os interesses individuais, é necessário que sejam expurgados os estranhos do ninho, pois eles estão no epicentro do furacão, por isso, e o panorama político é cheio de incoerências, recheado de artistas e mágicos do impossível.


E, o grande líder, Vossa Excelência o candidato virou apenas um detalhe, nas mãos dos marqueteiros e vivendo sob a ditadura do poder das decisões do “Núcleo Duro dos Coordenadores”, passou a ser aventureiro preparado para ganhar.


E os eleitores?


Eles só serão lembrados até os cinco dias outubro, (se não houver 2º turno), depois ficarão por quatro longos anos vivendo como maridos enganados, pois serão os grandes traídos no grande teatro político em nome da festa democrática.


As eleições produzem um universo de banco de dados, e depois das eleições, os especialistas ficarão tentando entender e explicar porque existem tantas pessoas não querendo votar; porque existem tantas anulações de votos e os votos em brancos viraram a grande forma de protesto pela repugnância eleitoral, essa é a verdade da democracia, que é o direito de manifestação cívica e que ao final vence a vontade da maioria.


Mas infelizmente, o quadro político e as relações políticas estão cada vez se autodestruindo pelos atos não republicanos, e por isso, a decisão por um candidato, leva aos eleitores a desenvolver o poder da escolha em forma de exclusão e não pela escolha do melhor candidato, por que o panorama da campanha que se apresenta, infelizmente já faz parte do contexto político do país e só através do voto é que podemos mudar tudo que abominamos e não concordamos.


Economista Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas. Fale com o Autor: wilsonfua@gmail.com


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