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Terça - 08 de Julho de 2014 às 07:23
Por: Lourembergue Alves

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Lourembergue Alves é professor universitário e articulistas de A Gazeta
Lourembergue Alves é professor universitário e articulistas de A Gazeta
Inicia-se oficialmente a campanha político-eleitoral. Partidos, coligações e candidatos, segundo a Resolução 23.390, do Tribunal Superior Eleitoral, já podem botar seus blocos na rua, distribuir carros de som e fazer comícios.

Daqui a pouco, claro, outras pesquisas de intenção de votos devem ser publicadas.

Uma delas, aliás, veiculada recentemente, sobre a corrida presidencial, apresenta os seguintes índices percentuais: Dilma Rousseff, 38%; Aécio Neves, 20%; Eduardo Campos, 9%; pastor Everaldo, 4%.

Percebe-se que a ordem das classificações não mudou. Segue a mesma da primeira pesquisa, e deve continuar assim até o final da eleição, a não ser que um ‘fato novo’ mude todo o cenário até agora anunciado.

Isto é possível. Ainda que não seja uma tendência, pois o tucano parece patinar na pista ensaboada da falta de coerência e de discurso, uma vez que continua ali, preso a casa dos 20%; enquanto o socialista e ex-governador de Pernambuco, neto de uma das mais proeminentes figuras da esquerda do país, mantêm-se lá atrás, com apenas 9%. 29% abaixo da petista, que registrou, desta feita, crescimento de 4%.

Embora também lidere a corrida da rejeição, seguida de certa distância pelo pastor, com 18%, e perseguido bem de perto pelo mineiro e neto do Tancredo Neves, o qual tem certa dianteira do ex-governador de Pernambuco, com 12%.

O crescimento da presidente, de acordo com a dita pesquisa, está associado ao atual bom humor dos brasileiros. Bom humor estimulado pela Copa do Mundo de futebol, cuja realização conquista crescente aceitação.

Já ultrapassam os 60%. E isso reflete, segundo os dados publicados, no olhar dos conterrâneos sobre a economia do país.

Olhar mais entusiasmado, a ponto de acreditar piamente em ganhos substanciais e no crescimento do poder de compra. Daí a boa avaliação do governo Dilma (35% bom/ótimo), superando o número dos que o classificam como ruim e péssimo (26%).

O resultado disso, claro, é ainda a liderança da petista, que tem certa vantagem sobre cada um dos demais concorrentes, mas isso, por ora, não descarta o segundo turno, até porque a soma dos índices destes supera os dela.

Aliás, a certeza do segundo turno vem cada vez mais ganhando força. As pesquisas têm, sempre, indicado nesta direção. Ainda que os candidatos de oposição não tenham conseguido convencer os eleitores indecisos. São nítidas suas dificuldades em elaborarem discursos convincentes.

Mais ainda em construírem as próprias imagens. Não foram capazes disso, inclusive, a partir do mês de junho de 2013 até o início de 2014, quando a presidente perdeu mais de 10% nas pesquisas.

Perdas atribuídas às manifestações populares, que escancararam os descontentamentos e insatisfações da sociedade, e as denúncias de corrupção na Petrobras.

Passado esse período de desconforto, a presidente-candidata volta, agora, a crescer nas pesquisas de intenções de votos.

Registro que pode se repetir daqui para frente, porém não o suficiente para lhe garantir uma vitória fácil.

Até porque a oposição também pode crescer, apesar de sua constante derrapada.

Lourembergue Alves é professor universitário e articulistas de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.   



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