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Segunda - 02 de Julho de 2018 às 00:05

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Lourembergue Alves é professor e articulistas de A Gazeta
Lourembergue Alves é professor e articulistas de A Gazeta

Políticos, candidatos e partidos se reúnem, conversam e procuram melhor entender sobre cada momento do jogo político-eleitoral. Surgem, então, as análises e as teses que advêm a partir dessas discussões. Destas também saem os preparativos para os novos lances, novas jogadas. Jogadas e lances que trazem bons ou não tão bons resultados. E isto não se dá quando se está em campanha. Mas bem antes da campanha. Ainda quando se pensam em alianças, nas proximidades de "A" e "B" ou "C", com os agentes políticos interessados nas disputas a correrem de um lado para outro, com vistas a suas ambições pessoais e políticas. Recortes a respeito disso chegam a ser publicados, comentários são realizados. E trechos das matérias divulgadas e dos comentários veiculados são debatidos pelos (e) leitores. E o que dizem nessas ocasiões, divide pessoas. Mesmos que estas estejam em torno da mesa do boteco, ou se encontram nos logradouros ou em suas residências. O que reforça a ideia de que se pode tratar o dito jogo também com racionalidade. Embora haja, e sempre o forte mesmo nas disputas é o emocional.

Torcem-se mais. Quando neste tipo de jogo, o torcer é o único verbo que jamais deveria ser conjugado. Pois, ao conjugá-lo, levado a efeito na prática, multiplicam-se os prejuízos para a sociedade e para o Estado. Até porque poucos têm uma boquinha no gabinete do eleito ou em um ou outro setor do Executivo. Não a população toda. Nem deveria, evidentemente. Pois ela, a população, precisa e tem o direito de melhores serviços oferecidos pelo Estado. Serviços que podem ser ampliados como frutos de projetos e de propostas apresentados ao longo da campanha eleitoral. E, quando inexistem tais projetos e propostas, a exemplo de agora como repetição das disputas eleitorais anteriores desaparecem igualmente as possibilidades do aparecimento de políticas públicas ou mesmo de ações capazes de incrementar as que já existem. Este é o ponto. Ponto que deveria ser colocado à frente do eleitorado. Este também tem que acompanhar o jogo eleitoral, verificar o que diz cada discurso proferido, não apenas literalmente, mas também nas entrelinhas. O que está por trás de cada palavra dita, escrita ou não pronunciada.

O eleitor tem no estudioso do jogo político um aliado. Deve fazê-lo um aliado, com o fim de entender determinadas coisas que lhe são desconhecidas. Utilizar seus estudos e suas análises para também formar a própria opinião sobre a situação da disputa. Até porque cabe ao eleitorado escolher os candidatos nas listas apresentadas pelas siglas partidárias. Escolher não é apenas tirar, por exemplo, um nome entre os candidatos para as cadeiras ou da Assembleia Legislativa ou da Câmara Federal.

Essa escolha requer reflexão, uma aritmética específica. Pois tal escolha deveria ser precedida de uma análise da coligação em que participa o partido político do escolhido, e até mesmo os candidatos de seu próprio partido. Pois o voto dado ao candidato "A" pode somar aos votos conquistados por "B", e este é justamente aquele a quem o eleitor gostaria de ver fora do Parlamento. Portanto, nem sempre o escolhido inicial pode ser o melhor, o ideal. Precisar-se-á pensar, discutir e analisar as possibilidades dentro das alianças e dos partidos, em especial as que estão inscritos os candidatos da escolha do eleitor. Não deixe de ver os nomes dos suplentes dos candidatos ao Senado. É isto.

Lourembergue Alves é professor e articulistas de A Gazeta, escrevendo neste espaço aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.



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