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Domingo - 21 de Outubro de 2018 às 23:24

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Desde que me conheço por gente o serviço de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande é alvo de queixas, tanto pelo preço da tarifa quanto pela quantidade de veículos circulando e a falta de qualidade.

Veículos velhos, sem ar condicionado, longo tempo de espera, descumprimento dos horários e superlotação são alguns dos itens mais recorrentes na longa lista de reclamações.

E não é preciso estar dentro dos ônibus diariamente para conhecer um pouco da realidade de quem têm os coletivos como principal alternativa de mobilidade urbana. Além de eventualmente utilizar, todos nós temos alguém, filhos que vão para escola, amigos e auxiliares que trabalham em casa ou empresa que utilizam o serviço.

No nosso caso, também podemos medir a qualidade (ou falta de) do transporte de massa pela quantidade de veículos particulares, carros e motocicletas, que circulam nas ruas e avenidas da capital mato-grossense.

Se os serviços fossem de qualidade, certamente nossa visão, mesmo que externa, seria outra. E olha que nem estou pensando em como poderia ser com o VTL (Veículo Leve Sobre Trilho) em operação, esse projeto desastroso que só serviu para nos envergonhar e, claro, enriquecer corruptos.

Voltando aos ônibus, bom seria se todas as decisões e medidas que de alguma forma afetassem a vida do cidadão pudessem ter a vivência como princípio. Ou seja, que antes da canetada viesse o contato com a realidade.

Se isso fosse uma regra, tenho convicção que o preço da passagem não seria R$ 4 em Cuiabá. Muito menos ocorreria a "adequação judicial" do valor da tarifa intermunicipal de Cuiabá e Várzea Grande.

Imaginem se no cálculo do valor final estivesse embutida, por exemplo, a avaliação das condições ambientais dos dois principais terminais de ônibus na Grande Cuiabá, o do bairro CPA e André Maggi, a superlotação e o tempo de espera?

E se o valor da tarifa pudesse ser reduzido por descumprimento de itens de um padrão de qualidade, que fosse mínimo, como respeito ao limite do tempo de espera, salubridade das paradas de ônibus e a condições do veículo?

Todavia, na prática a única redução que temos, e podemos conferir diariamente, é a da frota dos ônibus intermunicipais, que caiu de 86 para 78 veículos.

ALECY ALVES, Jornalista e estudante de Serviço Social



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