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Terça - 17 de Junho de 2014 às 23:06
Por: Luzia Felix

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Luzia Felix da Silva, coordenadora e professora do Curso de Ciências Contábeis do Anhanguera
Luzia Felix da Silva, coordenadora e professora do Curso de Ciências Contábeis do Anhanguera
Muitos empresários comentam que necessitam de funcionários capacitados, mas que está cada vez mais difícil de encontrá-los no mercado. No entanto, na contramão desse comentário, é comum observar que muitos jovens passam tardes soltando pipas, jogando bola num campinho improvisado nos bairros, teclando pelo celular, ou ainda, gastando esse tempo ocioso em outras atividades.

Ainda que não pareça são talentos que tardam a descobrirem-se como profissionais. Atualmente, os pais são escravos de horários, saem cedo e chegam tarde. Os filhos crescem apenas com a responsabilidade de ir à escola. Não tem em casa alguém que os direcionem para desde cedo buscarem conhecer uma atividade, desenvolverem oficinas e até mesmo se oferecerem como voluntários em trabalhos voltados a comunidade.

Daí quando se veem com 16 anos não sabem que rumo tomar, sendo hora de encarar o mercado de trabalho. Mas eles acabaram não sendo orientados a descobrir qual caminho seguir. A partir desse instante, esses jovens vão buscar um emprego e, dada pela falta de conhecimento ou experiência, perambulam de um lado para outro sem muitas esperanças, fazem bicos aqui ou ali, mas continuam sem adquirir experiência que lhes propiciem uma carreira.

No entanto, se percebe que pequenos incentivos podem fazer a diferença, como é o caso de jovens de sucesso, que conseguem fama em tão tenra idade. Os recursos tecnológicos dão possibilidades de treinamentos e disponibilizam inúmeras informações e conhecimentos. Porém, nem todos possuem acessos a esses recursos.

Daí o questionamento: Não seria o momento de uma parceria das empresas com associações de bairros para levar treinamentos a esses lugares? Acredito que esses treinamentos poderiam ser implementados nas escolas dos bairros nos horários em que esses jovens não estivessem em sala de aulas no exercício letivo. Mas o que é preciso? Existir interesse de ambos os lados, haja vista que nesse caso não seria apenas a parte financeira, mas o comprometimento de pessoas e profissionais voluntárias a ensinarem o que sabem e praticam a esses futuros profissionais.

Normalmente, as pessoas de sucesso estão embrenhadas em rotinas que quase lhe consome todo o tempo. Entretanto, acredito ser pertinente lembrar que é necessário se preocupar com os futuros colaboradores da sua atividade e, assim sendo, quanto mais eles estiverem preparados melhor será o aproveitamento assim que contratados.

Dessa forma, acredito que os futuros profissionais devem ser preparados e formados nesse tempo ocioso do período escolar, simultaneamente estaria contribuído com a sociedade e atendendo necessidade de profissionais requerida pelo mercado de trabalho.

Luzia Felix da Silva, coordenadora e professora do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande



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