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Segunda - 05 de Abril de 2021 às 18:12

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Ao longo do tempo, a História tem se mostrado implacável com os traidores. É fato que, nem sempre, a conta chega ao mesmo tempo em que a traição está sendo praticada. No caso de Judas, personagem central da História Bíblica quando da traição sofrida por Jesus Cristo, o então “amigo” cai em si e, percebendo sua atitude, cheio de remorso, pune a si mesmo no dia seguinte à morte de Cristo. Para os católicos, a data ficou conhecida como Sábado de Aleluia ou, “Dia de Judas”.

As histórias de traições entre aqueles que se diziam amigos, infelizmente, continuam insistentemente se repetindo. No universo político, isso parece ser quase que uma regra: época de campanha, alianças são feitas, promessas são declaradas com ar solene e muitas delas, para nossa sorte, ficam gravadas em vídeo, áudio. O material de campanha desses que chegam ao poder, são o seu próprio atestado de traidores. No caso do nosso governador, podemos compará-lo à Judas Iscariotes, mas não pelo arrependimento decorrente da traição, não, companheiros! A semelhança entre os dois está na moeda de troca, usada como pagamento pela traição. No caso de Judas, apenas 30 moedas de prata.

No caso de Mauro Mendes, o projeto é bem mais ambicioso: ele quer acabar com os serviços públicos, transferindo os recursos provenientes dos nossos impostos, para enriquecer seus verdadeiros amigos, os empresários, a iniciativa privada.

Em Mato Grosso, desde que tomou posse no Palácio Paiaguás, o Governo Mauro Mendes deixou o discurso da campanha eleitoral, onde prometeu aos servidores o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), garantiu com sua fala mansa e eloquente, treinada para convencer os eleitores (em especial, o servidor, a quem enganou deliberadamente) que iria fazer valer os direitos dos trabalhadores da Educação: Lei nº 510/2013 Dobra do Poder de Compra e salário dentro do mês.

Os atos praticados pelo governo de Mendes nos fizeram lembrar do dia de Judas Iscariotes com um ar de indignação e com o sentimento de traição, de quem por algum momento, chegou a acreditar nas mentiras do falso amigo. A revolta é ainda maior quando temos um cenário onde Mato Grosso figura entre os quatro maiores arrecadadores do país; que “perdoa” em isenção e renúncia fiscal cerca de R$ 7 bilhões (sim, BILHÕES!) dos grandes empresários do agronegócio; mas tem a coragem de questionar na Justiça, o investimento de 35% dos recursos que são constitucionais, para manter os milhares de estudantes da Educação pública. Quanta inversão de valores!

O governo Mauro Mendes pediu, na Justiça, a redução dos investimentos para a média nacional, que é de 25%. Diante disso, um detalhe importante a ressaltar: o percentual de 35% do orçamento estadual, nunca chegou a ser repassado na sua integralidade, de fato, para a Educação. Não satisfeito, numa ação articulada com o Judiciário, questionou a constitucionalidade da Lei que corrige a defasagem histórica dos salários dos profissionais da Educação. Tanto fez com suas traições que conseguiu interromper o cumprimento da Lei nº 510/2013. Não bastasse a avareza com esses trabalhadores que são, dentro das carreiras do poder executivo, aqueles que possuem os menores salários, ainda decidiu apunhalar mais uma vez o servidor público, desta vez, indo para cima dos aposentados e pensionistas, confiscando 14% do único recurso que contavam para sobreviverem: as suas aposentadorias!

A lista de traições de Mauro Mendes com os trabalhadores da Educação, é grande. Senão, vejamos: descumpre a Lei de Gestão Democrática, praticada já há cerca de 30 anos; suspende a convocação no último Concurso Público para os cargos de Apoio Administrativo vigilante, com a intenção de privatizar mais esse serviço; licita milhões e milhões de reais que deveriam ser usados para melhorar a infraestrutura das escolas públicas (muitas há anos sem reformas), para aquisição de apostilas, substituindo e desrespeitando todo a logística implementada no uso do livro didático... É, companheiros. O dia de Judas Iscariotes é um dia que precisa ser lembrado por todo servidor público de Mato Grosso, afim de realizarmos uma profunda reflexão sobre tantos ataques sofridos nos últimos anos.

Mas, assim como disse no início deste artigo, a história tem se mostrado implacável com os traidores. Nossa certeza é de que, assim como no relato Bíblico, Jesus Cristo vence a traição, superando até mesmo a morte, também nós, num período que se aproxima, em 2022, poderemos desfrutar do nosso triunfo sobre todas as traições sofridas, diante da urna eletrônica, ao termos mais uma vez, a oportunidade de escolher quem realmente será para nós, um amigo leal.

Gilmar Soares – Secretário de Comunicação do Sintep-MT.



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