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Sábado - 25 de Janeiro de 2014 às 09:51
Por: Lourembergue Alves

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As redes sociais são importantíssimas na vida moderna. Elas, por exemplo, já estão enraizadas no cotidiano de mais da metade da população brasileira. Constituem-se, de fato, relevantes instrumentos não apenas para servirem de vitrines a um maior número de pessoas, mas também para marcarem encontros – sejam ou não dos rolezinhos nos shoppings – e trocarem “informações”. Particularmente, aqui, de interesse dos partidos e dos políticos, até porque a chamada minirreforma liberou todas as redes sociais com vistas às eleições, menos – é claro – para a contratação de alguém responsável para publicar mensagens ofensivas aos adversários. Controle difícil de ocorrer, em especial quando se sabe do aumento do número de internautas, e que deve ser ainda maior. Isso significa que, cada vez mais, as redes online se transformam em instrumentos valiosos para as disputas eleitorais.

Verdade, portanto, inquestionável. Tanto que muitas lideranças partidárias investem no sistema, e, entre os presidenciáveis, o Aécio Neves é o que passa mais tempo ligado a internet, enquanto o Eduardo Campos dedica um pouco menos e a Dilma Rousseff, conta com uma equipe para atualizar sua agenda no twitter e o seu perfil no facebook.

Por outro lado, cabe acrescentar, todos os partidos possuem suas páginas, bem como times responsáveis para produzirem conteúdos para essas mesmas páginas, seguidos de todos os congressistas, deputados estaduais e centenas de vereadores. Muitos daqueles, candidatos à reeleição, deverão se valer das redes sociais.

Independentemente disso, é claro, o PT contratou a Papper Interativa – empresa especialista em rastrear perfis falsos, temas recorrentes ligados aos candidatos adversários; o PSDB igualmente conta com uma estrutura de comunicação nas redes sociais, a qual conta na condição de programador o Pedro Guadalupe – aquele mesmo que produziu no youtube um vídeo com a paródia da música “Faroeste Caboclo”, com críticas ao Lula – e na base o Xico Graziano; e o PSB, emprestou parte da estrutura do Rede Sustentabilidade, e que, agora, está sob a chefia de Cássio Martins.

Percebe-se, então, a importância que os políticos dão as redes sociais para o jogo político-eleitoral – especialmente a partir da vitória de Barack Obama. Eles, os políticos, seriam bobos ou até mesmo ingênuos se não enxergassem o potencial dessa estrutura social online, onde as pessoas – as mais variadas, e também eleitoras – se conectam umas com as outras e partilham valores e objetivos comuns, dentro de diferentes níveis de redes, a saber: de relacionamentos, profissionais, comunitárias e políticas. Processo que, sem dúvida, favorece o fortalecimento da sociedade civil, em um contexto de maior participação democrática e mobilização social. Daí o interesse dos políticos e das agremiações partidárias.

Mas, é bom lembrar, que é bastante difícil controlar o que se publica na internet. Isso significa que se terá uma espécie de “guerrilha política”, com o fim de desqualificação dos adversários. Aliás, este tipo de guerrilha já começou com os ataques a Eduardo Campos no site do PT.

De todo modo, a conquista do eleitor também se dá via internet.

Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.



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