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Sábado - 22 de Junho de 2013 às 08:33
Por: Lourembergue Alves

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O governo Dilma Rousseff patina desde seus meses iniciais. Tanto que com menos de um ano, sete de seus ministros foram trocados, e, nem assim, a situação teve mudanças. Pois os desacertos registrados respingaram no Congresso Nacional, onde a presidente tem grande maioria, porém não conta com gente habilidosa e capacitada para fazer a sua articulação política. Isso lhe trouxe derrotas e desgastes desnecessários. Mesmo diante de uma oposição fragilizada e sem qualquer brilho. Até por lhe faltar discurso e leituras suficientes sobre o país. Itens também ausentes na bagagem da situação, mas foi desta que saíram às vozes que armaram uma arapuca para a petista, que pode sair-se dela mediante a distribuição de cargos e emendas. Artimanha, contudo, insuficiente para livrar a chefe da administração pública federal do “inferno astral” em que se meteu, a ponto de abalar com a sua popularidade.

Situação que se deve aos desarranjos econômicos. Desarranjos provocados por erros do próprio governo que, ingenuamente, adotou o consumo como único instrumento necessário para reoxigenar a economia. Resultaram-se, por outro lado, recuo dos investimentos estrangeiros diretos e, ate por conta deste, um crescimento quase invisível do PIB. 0,6% no ultimo trimestre, enquanto a inflação chegava a galope, como qualquer “mocinho” de filme de cowboy, ameaçando a paz dos brasileiros, alcançada com o Plano Real lá atrás, no governo do Itamar e do FHC.

Vem daí a preocupação dos brasileiros, e dela a queda de popularidade de Dilma Rousseff. Foram 8%. Índice bastante alto, e mais significativo quando se percebe que a dita queda se deu em todas as regiões do país, em todas as faixas de renda e em todas as faixas etárias, sem qualquer distinção de sexo. Porem, ainda insuficiente para retirar da petista a condição de favorita na disputa pela presidência da República, em 2014, uma vez que, de acordo com o Data-Folha, ela tem 51% das intenções de votos.

Este número pode ate cair. Caso a economia não venha dar sinais de reação. O que preocupa, e muito a presidente e a própria cúpula do seu partido. Aliás, dias atrás, um de seus membros lembrou que o “legado do governo Dilma não e suficiente para garantir a reeleição”.

Na verdade, o que dá sobrevida a presidente é mesmo os programas assistencialistas, sobretudo o Bolsa Família, a possibilidade de a seleção canarinho ser campeã mundial e uma oposição desorganizada e despreparada, incapaz inclusive de pensar o país e seus problemas, e longe de estar em sintonia com a população. Isso explica a sua falta de projeto alternativo de governo.

Mas, nem por isso, a presidente Dilma deve se despreocupar. Pois o maior de seus adversários é ela própria.

Lourembergue Alves escreve nesta coluna.     



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