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Segunda - 17 de Junho de 2013 às 14:48
Por: Reinaldo do Carmo de Souza

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* Reinaldo do Carmo de Souza é professor da Universidade de Cuiabá – UNIC
* Reinaldo do Carmo de Souza é professor da Universidade de Cuiabá – UNIC

Profissionais de Recursos Humanos com mais de dez anos de experiência seguramente já enfrentaram, ao longo de suas carreiras, turbulências, tempestades e abalos na economia, conhecendo, portanto, seus efeitos colaterais imediatos nas empresas: cortes de investimentos em treinamento, suspensão de promoções, substituições em novas contratações, redução geral de despesas e demissão de pessoal.

Lembro-me perfeitamente (por experiência própria) que outrora, em situações bem menos complexas do que esta que estamos vivendo, o profissional de Recursos Humanos não era sequer chamado a opinar sobre as decisões a serem tomadas, pela simples razão de já ter sido dispensado na primeira delas!

O “grid” da guilhotina funcionava mais ou menos assim: na “pole position” vinha o próprio gerente de Recursos Humanos, porque era quem ganhava o maior salário. Ao seu lado, na primeira fila, geralmente estava situado ou o homem de treinamento, cuja atividade passava a ser vista como um luxo desnecessário, ou o responsável por Recrutamento e Seleção, que nesta altura do campeonato, com as portas de entradas fechadas, ficava apenas observando o trânsito fluir pela porta de saída.

Logo a seguir apareciam (ou desapareciam...) os profissionais que cuidavam de cargos e salários, benefícios, segurança, serviço social, serviços gerais etc. Da estrutura original sobrava o velho setor de pessoal, antes marginalizados pelos demais, mas que diante da nova realidade passava a ser absolutamente indispensável, pois, afinal, alguém tinha de processar as rescisões, pagar, alimentar e transportar os heróis que tinham sobrevivido ao corte, bem como zelar para que nada faltasse ao motorista, à cozinheira e ao jardineiro do patrão.

Importante salientar que não aconteciam somente na área de Recursos Humanos, mas também nas demais áreas de staff das companhias, atingindo duramente os departamentos de marketing, jurídico, sistemas, auditoria etc.

A classe empresarial tem mais uma vez a oportunidade de se convencer que o maior ativo de suas empresas são as pessoas que nela trabalham. Matérias primas, máquinas e prédios podem ser estocadas, ficar paradas ou serem adquiridos mais tarde. Com gente é muito diferente!

* Reinaldo do Carmo de Souza é professor da Universidade de Cuiabá – UNIC pelo Programa de Expansão Universitário – PEU.



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