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Segunda - 03 de Dezembro de 2012 às 13:48
Por: José de Paiva Netto

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José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor

No dizer de Cícero (106-43 a.C.), as profecias são de interesse universal: “Não há povo, por mais requintado e culto que seja, que não acredite no dom que certas pessoas têm de prever o futuro”.

Encontramo-nos, pois, diante de assunto constantemente em voga, apesar da indiferença de alguns.

Muita gente ainda pensa que o Apocalipse sinaliza o limite da vida planetária. Será?

O Gênesis mosaico, primeiro livro da Bíblia, relata cifradamente a criação do mundo. Quanto ao Cosmos, sob forma diversa talvez, teria sempre existido, mesmo antes do big bang, do ilustre George Gamow (1904-1968)? Ou, então, o que anteriormente havia? (Que tal se investigar a respeito do genoma do Universo?) Recorramos, agora, ao Livro da Revelação e poderemos concluir que não anuncia o fim; ao contrário, o texto termina com uma bênção: “A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós para todo o sempre. Amém” (Apocalipse, 22:21).

E mais: no capítulo 21, temos a nova Jerusalém, o novo Céu, a nova Terra, depois de uma metamorfose jamais vista, desencadeada pela Humanidade. Trata-se de colheita obrigatória de semeadura que foi livre.

Atos humanos e consequências

Quando digo que não devemos temer o Apocalipse, de modo algum ignoro que aquilo que homens e povos plantaram singularizará retornos benéficos ou trágicos para a sociedade. Um exemplo emblemático: o que andamos fazendo com a Natureza acarretará graves consequências, o que, aliás, já está ocorrendo... Só não vê quem não quer. Bem que a consciência ecológica se expande pelo mundo. E isso é bom. Não lancemos fogo em nossa morada coletiva nem a tornemos cortiço.

O aviso de cientistas

Lembram-se da advertência de diversos cientistas, se não me engano já em 1983, um dos anos mais quentes da História, sobre o efeito estufa a médio prazo? Logo foram desmentidos por outros que, supostamente, estariam atendendo a interesses de poderosos cartéis que não tencionam diminuir, por menores que sejam, seus lucros. Esses outros estão esquecidos de que desta vez podemos perder a própria moradia, a Terra. Os fatos hoje têm repercussão global, isto é, imediata. Contudo, parece que alguns insistem em fechar os olhos para tão nefastos resultados. Por isso, prefiro ficar com a conclusão fortemente alertadora dos primeiros estudiosos citados, até porque as mudanças desagradáveis se encontram em pleno curso, causando estrago considerável, a não ser que haja enérgica e dinâmica providência dos governos, forçada pelos seus cidadãos que finalmente estão acordando...

Esse despertar também faz parte das profecias. Observemos a ilustrativa palavra do Apóstolo Paulo, na sua Epístola aos Romanos, 13:11 e 12: “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz”.

É urgente demonstrar que profecia não é sinônimo de terror, mas a exposição das correlações entre causa e efeito. Ela é somatório daquilo que antes realizamos de bem ou de mal. É necessário que aprendamos isto a fim de torná-las elemento para o progresso consciente, transformando-nos, de completo juízo, em agentes do nosso futuro. Não é vão este comentário do escritor francês Joubert (1754-1824): “Quando de um erro nosso surge uma infelicidade, injuriamos o destino”.

Temer o Apocalipse?

A Lei de Causa e Efeito é onisciente, para dar a cada um de acordo com as próprias ações. Nem sempre vemo-la agir de imediato, visto que sua atuação é natural, orgânica. Por isso, raras vezes conseguimos perceber sua mecânica. No momento certo, segundo o Relógio de Deus, todos colhemos o que semeamos. Portanto, não é contra o Apocalipse que nos devemos precatar; ao contrário, porque ele é, para os que o leem sem ideias preconcebidas, um belo recado divino com dois mil anos. Maléficos são, estes sim, os atos humanos desvairados, particulares ou coletivos.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.

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