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Quinta - 29 de Novembro de 2012 às 21:54
Por: Alexandre Garcia

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Alexandre Garcia é jornalista em Brasília
Alexandre Garcia é jornalista em Brasília

Nesse domingo o Correio Braziliense teve coragem de mostrar que é uma falsificação científica essa história de "Amazônia - Pulmão do Mundo", que o "Buraco de Ozônio" teve motivos econômicos para substituir o CFC na indústria, e que o "Aquecimento Global" apenas faz parte de ciclos da vida da Terra. Teve coragem, porque hoje as pessoas morrem de medo de contrariar o modismo do Politicamente Correto, que a sábia Lya Luft chamou de hipócrita na Veja da semana passada: "...o politicamente correto, detestável na minha opinião, hipócrita e gerador de mais preconceito."

Pois na minha opinião, acho que é o medo de sermos nós mesmos, o conforto de seguirmos a manada, a preguiça de pensarmos, que nos leva a repetir como verdade o saco de bobagens com que nos hipnotizam.

Semana passada assumiu um novo presidente do Supremo e a militância do politicamente correto interpretou isso como uma vitória da cor da pele. Ninguém parou para pensar em como se resumiam na cor os méritos de Joaquim Barbosa. Embora a pele seja o maior órgão do corpo humano, os valores de um ser humano foram injustamente reduzidos a uma bobagem.

Andam confundindo Brasil com Estados Unidos ou África do Sul. Lá, havia leis que tratavam de forma diferente brancos e não-brancos. Aqui, todos somos iguais perante a lei. O que nos torna diferentes são nossas qualidades. Alguns ganham mais outros menos pelo tamanho das aptidões. O ENEM mostra que os governos segregam ao oferecer má educação para quem não pode pagar escola privada. Com educação pública deficiente, aumenta a distância entre pobres e não-pobres. Há algumas décadas, quando eu frequentava o grupo escolar, todos nos tornávamos iguais pela excelente qualidade do ensino. E chegávamos ao vestibular com mais preparo que os egressos de escolas particulares, geralmente jovens problemáticos que os pais castigavam pondo no colégio privado.

Hoje o estado quer camuflar sua omissão no ensino público inventando o paliativo humilhante da cota, como se fosse problema de cor de pele. E fomenta o racismo, desrespeitando a Constituição, que diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Na onda, criam-se leis municipais no Rio e São Paulo, criando feriado no "Dia da Consciência Negra". E isso faz uma distinção pela cor da pele. Qualquer pessoa perceberia o absurdo se houvesse o Dia da Consciência Branca, ou Dia da Consciência Asiática. Todas são distinções criadas pela cor da pele. O que é inconstitucional e politicamente incorreto.

Alexandre Garcia é jornalista em Brasília
 



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