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Terça - 03 de Abril de 2012 às 07:20
Por: WILSON CARLOS FUÁ

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Economista Wilson Carlos Fuá – É Especialista em Administração Financeira e Recursos Humanos
Economista Wilson Carlos Fuá – É Especialista em Administração Financeira e Recursos Humanos
As grandes mudanças são sempre recheadas de resistências e quando elas são realizadas por necessidade pode ser mais traumatizante, porém mais prazerosa quando se concretiza de forma programada para um novo rumo, pior é permanecer na mesmice e posicionar-se antes dos resultados que na verdade é mais fácil, estar a reclamar do que é possível mudar e não dar o primeiro passo é enterrar as próprias oportunidades.
 
Temos que preparar a cada dia uma nova mudança, e ao final de cada etapa, avaliar os passos dados, porque está dentro de nós a força conseqüente da insatisfação!

É tradição em Cuiabá, comer quibebe (pedaçinhos cortados de abobora ou mamão verde misturada com carne seca). Como em Cuiabá, as pessoas não tinham geladeira ou freezer até os anos quarenta, para conservar a proteína animal, a carne era “manteada”, salgada e colocada ao sol para secar. Fiz esta ressalva para contar mais uma história da cultura popular de nossa gente cuiabana:

- Um cuiabano de nome Abílio, que morava muito longe do seu serviço, sempre levava sua “viana” (marmita), e na hora da refeição junto dos seus colegas, sempre ao abri-la dizia:
- De novo, quibebe de abobora com carne seca!

E assim foi, passou semanas, mas os colegas fingiam que não estavam escutando. Até que um dia, Abílio ao abrir sua marmita reclamou novamente: “droga, quibebe de abobora com carne seca!”
Cansado de escutar isto, um de seus colegas Sr. gurizinho, comentou: “por que não pede a sua mulher para mudar?”

“Que mulher?”, perguntou Abílio. “Sou solteiro. Sou eu mesmo que preparo minha própria marmita de quibebe de abobora com carne seca todos os dias!”

Deus nos dá uma cota de dificuldades para ser superada durante a vida, o suficiente para que possamos crescer. O resto nós criamos por medo e culpa ou incapacidade de mudar.

Como é bom acreditar nos nossos sonhos! Melhor ainda é poder olhar em volta, sabendo decifrar tudo aquilo que os olhos do egoísmo escondem. É impressionante como existem pessoas que se especializam em reclamar da vida.

Hoje vivemos a chamada síndrome do filho do meio: pensando sempre que o mais velho é o mais amado por ser o primeiro, e que o mais novo é o protegido porque é o mais fraco. Quando na verdade todos nós somos iguais, temos tudo para ser o melhor de todos se não perdermos tempo com este tipo de bobagem, escondendo em fantasmas e medos que nós mesmos criamos pela vida afora.
Fico imaginando que Deus tenha exagerado na dose da “cota de dificuldades” para aquelas pessoas mortas ou órfãos das catástrofes naturais que tem assolado o mundo nos últimos meses (e não adianta argumentar que é culpa do homem, pois as catástrofes naturais já matavam muito antes do ser humano influenciar o clima da Terra).

Ás vezes reclamamos por aquilo que nós mesmos fazemos, plantamos e criamos. Mas isso é próprio dos seres humanos. Reclamar de tudo, mesmo que em alguns casos tenhamos uma pequena cota de contribuição. A nossa insatisfação pode ser imensa, mesmo sabendo que temos que passar por certas situações de mudanças já programadas, mesmo assim a aceitação é mínima, porque o medo de buscar o incerto muitas vezes nos fazem engavetar muitos projetos de vida.

Tudo que acontece em nossas vidas é para o nosso crescimento, tudo é para a nossa evolução… o mundo é a nossa escola e nós somos os alunos e aprendizes das experiências da vida. Todos os seres humanos, erram, tiram conclusões precipitadas, produzem equívocos, cai aqui, levanta ali, mas o certo é analisar os erros e buscar novos caminhos e assim aprendendo com novas situações.

Os exemplos de pessoas bem sucedidas que fazem parte do nosso dia-a-dia podem nos dar importantes pistas sobre decisões que precisamos tomar, todos nós somos vencedores basta ter fé e acreditar nisso. Você só será forte, administrando aquilo que conhece e prudente com aquilo que ainda não conhece, o importante é seguir em frente que as vitórias e as conquistas serão frutos das suas persistências e ações inteligentes. Não faça como Abílio, mude o quibebe da sua vida se preciso for, mude para o melhor, somos aprendizes das experiências que a vida nos oferece, não seja um produtor de equívocos, os novos projetos aumentam o desejo de viver e trazem sempre novos objetivos na sua existência que com certeza trarão a cura vigiada para suas depressões momentâneas.

Só os fracos não fazem reflexões, o livro da vida ainda não foi publicado mas no nosso dia-a-dia ou mesmo ao nosso lado, está cheio de exemplos de vida a serem seguidos para o bem ou para o mal.
Você escolhe.

Economista Wilson Carlos Fuá – É Especialista em Administração Financeira e Recursos Humanos
Fale com o autor: fuacba@hotmail.com



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