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Sexta - 24 de Junho de 2011 às 21:06
Por: Alexandre Garcia

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Alexandre Garcia é jornalista em Brasília escreve em A Gazeta
Alexandre Garcia é jornalista em Brasília escreve em A Gazeta
Como se já não bastassem os nossos assassinos, passamos a abrigar mais um, esse Cesare Battisti, graças ao arbítrio do então ministro da Justiça Tarso Genro e do então presidente Lula, no apagar das luzes(?) de seu governo. O mesmo arbítrio usado no sentido oposto, para mandar de volta à ditadura castrista dois atletas perseguidos políticos que desertaram da delegação cubana nos jogos pan-americanos do Rio. E a Justiça brasileira nem passou por perto: os dois foram presos e embarcados num avião venezuelano.

Pois o senhor Battisti, condenado em todas as instâncias nos tribunais italianos no país berço do Ius Romanum, de indispensável estudo das nossas faculdades de Direito. Foragido na França, refúgio de perseguidos políticos, foi extraditado, com sentença confirmada pelo Tribunal Europeu. Qual a saída? Fugir para o Brasil, ora bolas! Entrou aqui com passaporte falsificado, o que neste país sem princípios não lhe tira o direito de conseguir visto de permanência, por incrível que pareça.

No primeiro julgamento do caso, o Supremo decidiu que estava configurada a extradição pedida pelo governo italiano, uma vez que os crimes cometidos por ele foram comuns e não políticos. Não caberia, portanto, o título de refugiado que Battisti ganhara do ministro Tarso Genro.

O Supremo, então, desconstituiu o título de refugiado e disse que se ele é cidadão de outro país, foi condenado por crimes comuns, então cabe a extradição. Só que quem decide extradição é o chefe de Estado, o presidente da República. Que negou a extradição nas últimas horas de poder, em 31 de dezembro. Certamente isso significa alguma coisa.

Nada mais eloquente: o chefe de Estado do Brasil faz uma banana para a democracia italiana, para a Justiça italiana, para o povo italiano, vítima de gente como Battisti. Lula e Genro, ao premiarem Battisti com o título de perseguido político afirmam que o regime democrático e as instituições e garantias não funcionam na Itália. A época de Mussolini acabou em 1945. Querem convencer a quem? Scusateci italiani!

Alexandre Garcia é jornalista em Brasília escreve em A Gazeta às terças-feiras. E-mail: alexgar@terra.com.br



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