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Quinta - 26 de Maio de 2011 às 19:32
Por: Alfredo da Mota Menezes

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Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta
Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta
Crescem os comentários sobre a fusão do PSDB, DEM e PPS. Aécio Neves encabeça o movimento que deverá tomar fôlego depois da eleição de 2012. Essa imaginada fusão tem vantagens, desvantagens e dúvidas.

Como vantagem. Um, a fusão, diferente de se criar um partido novo, daria ao partido nascido tempo na televisão e acesso ao fundo partidário. Dois, daria um empurrão na oposição com vistas à eleição de 2014. Provocaria uma movimentação na mídia maior até do que ocorreu com o PSD. Três, quem sabe ajudaria a segurar um pouco o crescimento do PT. O perigo é esse partido ser hegemônico no país. Os outros partidos parecem que não perceberam que são escadas para o PT chegar a um lugar que dá até medo à democracia.

Como desvantagem. No momento da tal fusão, muita gente poderia sair dos três partidos para ir para outros sem receio de perder o mandato. Diminuiria o tamanho deles.

Dúvida: não está claro se parlamentares de outros partidos poderiam ir para o nascido da fusão sem perder o mandato. Poderia, se o partido da fusão tiver um novo nome e registro?

E aí está outra discussão: saber qual seria o nome do partido que nascesse do DEM, PSDB e PPS. Alguns defendem que seja PSDB, nome já consolidado junto ao eleitorado por causa das eleições presidenciais. Outros querem um nome novo. Terceiros falam em fazer pesquisa para saber qual nome dar à nova agremiação.

Com o Aécio Neves se movimentando na direção da fusão, como era de esperar, o José Serra emite chiados de descontentamento. Ele já perdeu duas eleições presidenciais e dá sinais de que gostaria de disputar uma terceira.

Ele não agrega. O PDT e o PP sinalizam que podem se aproximar do Aécio se ele for candidato à presidência. Do Serra ninguém fala nada. Mário Covas dizia que o Serra senta numa cadeira e põe o chapéu na outra. Querendo dizer que ele quer sempre tudo.

É tempo de se ter um candidato do PSDB (ou da fusão) fora de São Paulo. Foram FHC e Serra duas vezes cada e ainda Alckmin. O receio é que ali, se o Aécio for candidato, não trabalhe por ele como se trabalharia para um paulista.

Uma fusão com três partidos, se ainda puder receber descontentes de outros, sob o comando do Aécio Neves, poderia criar algo novo na política nacional para a eleição de 2014. Se a oposição, opaca como está, continuar na mesma toada de agora, pode ser mais uma vez engolida pelo PT.

Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta. E-mail: pox@terra.com.br; site: www.alfredomenezes.com


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