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Terça - 03 de Maio de 2011 às 11:04
Por: André Massaro

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André Massaro – É profissional da área de finanças há dezoito anos.
André Massaro – É profissional da área de finanças há dezoito anos.

Em algum momento da vida, você já se fez esta pergunta? Ou pior ainda: alguém (um amigo, ou um parente...) pode já ter feito essa pergunta para você, naquele momento mais inconveniente possível (e com direito a platéia, que tal?). Quanto mais aprendo sobre o dinheiro, mais aprendo que o dinheiro e a esperteza (“esperteza” talvez não seja o termo mais adequado... vamos falar em INTELIGÊNCIA) são menos relacionados do que gostamos de acreditar.

Mas ter menos relação do que se imagina por aí é completamente diferente de não ter relação alguma. A inteligência é, em qualquer situação, uma vantagem. Pessoas inteligentes sempre terão mais facilidades em atingir determinado objetivo, seja ele qual for. Vamos tentar descobrir então porque pessoas inteligentes (como você, leitor) ainda não ficaram ricas ou estão enfrentando dificuldades financeiras.Existem inúmeras formas de se ganhar dinheiro. Entre as mais populares estão desenvolver uma brilhante e sólida carreira profissional, investir sabiamente ou dar vazão aos nossos dotes empreendedores, criando novos negócios que podem virar as novas estrelas do mundo empresarial.

Claro que existem algumas alternativas mais fáceis e mais rápidas, como receber uma grande herança, ganhar na loteria ou investir em alguma atividade criminosa (brincadeirinha...), mas essas são formas sobre as quais temos pouco controle e dependem, mais que nunca, do fator “sorte” (como a “sorte” de nascer em uma família rica). Por isso vamos restringir nossa análise às três possibilidades citadas inicialmente.Vamos começar pela carreira profissional – Você é inteligente, mas sua carreira profissional está “empacada” em um nível significativamente abaixo da sua real capacidade. O que pode estar acontecendo?

O combustível de uma carreira bem-sucedida é o conhecimento e uma eficiente rede de contatos (o popular networking). Vamos falar de conhecimento: muito se fala em plano de carreira, mas você já fez um “plano de aprendizado”? Já parou para pensar em quais as habilidades que terão maior poder em alavancar sua carreira? Antes de tecer qualquer comentário, quero deixar claro que sou um dos maiores defensores da chamada “cultura geral”, mas vamos ser pragmáticos agora: Se você trabalha na área financeira (e pretende continuar nela), talvez investir seu tempo e dinheiro naquele curso de web design não seja a melhor pedida...

Outro exemplo é as línguas estrangeiras. Muitas pessoas reclamam que têm dificuldade em aprender Inglês que, gostemos ou não, é o idioma dos negócios. Em meu trabalho, por exemplo, 90% das informações e manuais técnicos são em Inglês. Alguém que não tenha um domínio mínimo do idioma (mesmo que nunca na vida vá falar em Inglês com alguém) tem poucas chances de sobrevivência. Mas a despeito disso muitas pessoas preferem investir em línguas “exóticas” no mundo dos negócios, como o Francês (me perdoem, francófonos!) e outras sem ter condições de sequer ler uma legenda de foto em Inglês. Isso limita muito o avanço da carreira.

Vamos agora aos investimentos: você tem alguma proficiência financeira? Sabe a diferença entre renda fixa e renda variável? É daqueles que tem preguiça de ler o caderno de economia e prefere ligar para aquele amigo da corretora atrás de uma “dica quente” na bolsa? Ou então é daqueles sujeitos que morrem de medo do mundo das finanças e guardam dinheiro embaixo do colchão? Tem um tipo de “investidor” que é o pior de todos. É aquele que acha que está fazendo “brilhantes” investimentos, mas ao mesmo tempo se enfia em dívidas que corroem os rendimentos de seus investimentos juntamente com o resto do capital. É o pecado da “contabilidade mental”. Pessoas inteligentes às vezes investem de forma pouco inteligente... Será o seu caso?

Por fim, vamos ao empreendedorismo. Você é um sujeito brilhante, tão brilhante quanto suas idéias de negócios, mas vive paralisado pelo medo. Se sujeita a viver na mediocridade para não ter que enfrentar alguns fantasmas fora de sua zona de conforto. Sua tolerância ao risco é ZERO (e ZERO serão as suas chances de dar um grande salto de qualidade em sua vida desse jeito). Ou então é uma pessoa que tem hábitos crônicos de protelação, não termina aquilo que começa e é incapaz de cumprir aqueles compromissos que assume consigo mesmo. Verdadeiros empreendedores são comprometidos acima de tudo (aliás, comprometimento é uma característica dos profissionais e investidores de sucesso também).

Você se viu em alguns dos exemplos descritos? Se sim, grande é a chance de que você tenha descoberto o que é que está bloqueando seu progresso (mas... aqui entre nós, aposto que você já sabia...). Então mãos à obra, remova esses obstáculos e desfrute de uma vida financeira à altura de sua inteligência!

André Massaro – É profissional da área de finanças há dezoito anos. Administrador e pós-graduado em Economia, já foi executivo financeiro de empresas e instituições financeiras e consultor especializado em finanças corporativas e desenvolvimento de negócios. Atualmente é trader independente de ações e derivativos, consultor em finanças pessoais e corporativas, educador financeiro, palestrante e escritor. É agente autônomo de investimentos credenciado pela CVM e autor dos livros “MoneyFit”  e “Por Dentro da Bolsa de Valores”. www.moneyfit.com.br



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