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Sábado - 26 de Fevereiro de 2011 às 12:29
Por: Lourembergue Alves

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Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta

Nos últimos dias, não se falou em outro assunto. Apenas na formação de um grupo de oposição ao governo do Estado. Foi até notícia de primeira página e manchete dos principais telejornais e radiojornais. Tanto que lideranças desprestigiadas nas urnas de 2010 voltaram a ter seus minutos de evidência, e souberam muitíssimo bem aproveitar dos tais minutos. Fizeram o que deveriam ser feito. Pois não é toda hora que "derrotados" têm a mídia a seu favor. Ainda que à sombra de dois ou três eleitos por coligações contrárias às da situação.

Isso, entretanto, não é o problema. Tampouco a questão principal. Mas, isto sim, fazer oposição. Mesmo que seja como estratégia para atrair parte do eleitorado. Afinal, o ano que vem não está tão longe assim, e com ele as disputas pelas chefias das administrações municipais.

As eleições vindouras são, na verdade, oxigênio para o já ofegante PSDB/MT, "momento-colírio" para o sempre candidato empresário-socialista, "ribaltas" para o senador de primeira viagem, "pranchas" para o deputado-surfista e "paraquedas" ao "parlamentar-caititu", que não faz outra coisa, senão sonhar com seu retorno a prefeitura da ex-rainha do algodão.

Explica-se, portanto, o estarem juntos, PPS, PDT e PSB. Casamento mais por conveniência que pelo dote apresentado. Sobretudo quando se vê ao longe os olhares apaixonados dos tucanos, que se enviuvaram sem terem sidos casados de fato, pois a noiva - que lhes jurava amor eterno - se recusou a entregar por inteira. Não consumando o dito casório de 2010. O que permite, hoje, o DEM ser cortejado pelo peemedebista-governador. Embora se perceba, por parte dos democratas, certa valorização do próprio passe. Porque, na verdade, a maior estrela-democrata visualiza não apenas a secretaria, que viria de "porteira fechada", mas amarrações políticas para eleição várzea-grandense e disputa a um dos cargos majoritários em 2014, uma vez que no grupo Maggi-Silval inexiste candidato forte para o governo do Estado. Pelo menos por hora.

De todo modo, as cartas já estão sobre a mesa. O mais habilidoso dos jogadores pode tirar vantagens preciosas. Contudo, por enquanto o jogo está embaralhado. Também, pudera, nenhum dos lados possui verdadeiramente um esgrimista a altura. O que supervaloriza as disputas de 2012 - filtros para a de 2014.

É isso que motiva as lideranças do "Movimento Mato Grosso Melhor Para Você". Embora no seu interior exista bate-cabeças entre elas, e não se trata de desentendimentos tidos nos casamentos reais. Mas, verdadeiramente, arranca-rabos - com aparência de "fritadeira" - cujas consequências podem ser desastrosas para alguns de seus líderes, senão para todos.

Quadro reprisado no passado. Ah! Não tão distante. Pois as estranhas do PT/MT continuam à mostra.

É esperar para ver o resultado de uma oposição, que busca tão somente o usufruto pessoal, cargos e as luzes dos holofotes.

Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: lou.alves@uol.com.br


 


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