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Quinta - 27 de Janeiro de 2011 às 15:06
Por: PEDRO NADAF

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Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia
Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia

Quando você olha para sua empresa, de fora pra dentro, ou de dentro pra fora, consegue ver se a mesma possui algum valor intangível? Os ativos não físico ou financeiros agregados ao negócio têm ganhado especial destaque neste século e se insere, a outros diferenciais importantes, que formam os pilares de sobrevivência, chegando até mesmo a garantir a longo prazo a própria sustentabilidade.

Embora fazem parte do cenário atual, muitas vezes impregnado no DNA do negócio, trazendo no seu bojo inúmeras vantagens competitivas, nem sempre é fácil detectar um valor intangível, muitos nem sabem que suas empresas possuem, por estarem embutidos, entre outros fatores, na sua reputação, em sua marca, no conhecimento, no seu capital humano, na sua interatividade, na cultura organizacional, na transparência, na responsabilidade socioambiental, na capacitação que oferece, na inovação, e no relacionamento com seus stakeholders, formado por público interno e externo que interferem no negócio.

Hoje, não são somente o produto e serviços e a qualidade que estes possuem que conquistam o mercado e trazem a fidelização dos clientes. Há outros atributos intransferíveis e ocultos, razão pela qual fica difícil detectá-los. Muitas vezes o mercado e os investidores conseguem perceber tal valor intangível, antes mesmo que o dono do negócio. Há informações, baseadas num estudo com mais de 150 empresas do setor varejista, de que o ativo intangível já é responsável por cerca de 40% do que vale o negócio, o que demonstra evolução no perfil do segmento.

Na ordem de classificação dos cinco principais negócios que reúnem fatores que mensuram o alto índice do valor intangível no varejo, conforme estudo da DOM Strategy Partners e o Grupo Padrão que criaram o IVB - Intangíveis do Varejo Brasileiro, estão o Grupo Pão de Açúcar, O Boticário, Carrefour, Walmart e Americanas.

Nem sempre os impactos das empresas, a exemplo das citadas acima, parte delas muito conhecidas no mercado de Mato Grosso, são medidos pela lucratividade. Vão além de resultados financeiros e isso é fato legitimado por suas posturas frente aos seus diversos públicos. Um exemplo simples, neste sentido, diz respeito ao capital humano. Eu pergunto, neste sentido, será que tem quem discorde que um colaborador trabalhe com mais empolgação quando sua empresa é reconhecida como socialmente responsável, pelo mercado consumidor? Que as lentes de quem lança o olhar para os negócios passe a ter o foco na estratégia do valor intangível.

Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/ Senac-MT.E-mail: p.nadaf@terra.com.br


 


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