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Quinta - 09 de Dezembro de 2010 às 18:42
Por: PEDRO NADAF

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Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac
Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac

Hoje em dia, com tantos canais abertos para a nossa interatividade, via redes sociais, o que falamos corre em tempo muito veloz aos quatro cantos do planeta. Por esta razão, é bom que se evite comentários que possam trazer prejuízos à sua carreira. Li recentemente que uma funcionária de uma boa empresa deixou um comentário em site de relacionamentos que seu emprego era chato. Mesmo sem citar o nome da empresa em que ela trabalhava, isso mesmo trabalhava, porque foi demitida pelo comentário, a colaboradora não ficou passiva da punição.

A empresa Proofpoint, que atua no ramo de segurança de e-mails, realizou uma pesquisa com mil empresas americanas para verificar condutas das mesmas em relação aos seus colaboradores por se portarem de forma irregular em redes sociais. No levantamento foi detectado que 20% das entrevistadas já advertiram integrantes das suas equipes pela má conduta e 8% assumiram que já foram além, culminando em demissão dos colaboradores de seus quadros. No cômputo de irregularidades apuradas, falar mal da empresa configura entre o que consideram como má conduta, o que pesa tanto quanto o desvio de documentos privados da organização.

Você já parou para pensar que o sucesso em uma nova empresa depende de como você se relacionou na empresa anterior? Nos 10 erros fatais numa entrevista de emprego, falar mal do ex-emprego ou do chefe anterior está entre eles. Para que se tenha uma ideia, 99,9% dos entrevistadores na área de gestão de pessoas não veem como bons olhos esta atitude. Não cabe a quem está do outro lado da mesa ficar perdendo tempo pensando de quem foi a parcela de culpa, quando o entrevistado diz ter vivido uma situação de conflito com seus superiores.

É totalmente antiético ter a postura de falar mal da ex-empresa. Evite isso, por mais aborrecimento que teve ao se demitir ou ser demitido. Fale de novos desafios profissionais, sem denegrir a empresa que um dia acolheu você, por mais razão que deva ter, ou pensa ter. Coloque o positivo sempre à frente. Isso vai contar mais pontos na hora da entrevista, pode ter certeza.

O ideal seria que todos considerassem o local do trabalho o melhor lugar do mundo para viver parte considerável da vida, e não algo "chato", como a internauta declarou publicamente. O ideal também é que as empresas agissem sempre com ética e com bons programas de desenvolvimento humano. Ocorre, entretanto, que nem sempre é assim, tanto para o trabalhador, quanto no que se refere aos empregadores.

Há pessoas que trabalham como se estivessem indo para o sacrifício e empresas que recebem o colaborador como um cumpridor de penas. Geralmente, quando estes colaboradores deixam a empresa e buscam outros empregos, acabam falando mal do local em que por anos a fio deu sua contribuição e que foi devidamente remunerado para a função. Isso, entretanto, não deve ser levado para fora da empresa.

Leia este conselho: "Nunca, em circunstância nenhuma, fale mal de sua ex-empresa. Às vezes, o mercado de trabalho pode até emudecer. Mas jamais ficará surdo". Acho esta dica para boa performance de carreira, dada pelo administrador, escritor e palestrante, Max Gehringer, muito interessante. Afinal, quantos profissionais procedem desta maneira?

Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-MT


 


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