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Terça - 21 de Setembro de 2010 às 15:54
Por: Alfredo da Mota Menezes

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Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta às terças, quintas e aos domingos
Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta às terças, quintas e aos domingos

Dez entre dez analistas do país e do exterior acreditam que o Brasil precisa de um ajuste fiscal. Que o governo gastou demais com custeio e que seria preciso pisar o breque por um período para colocar a casa em ordem. Dilma Rousseff não vê desse modo. E aí mora o perigo.

Veja o que disse ela, segundo O Globo: "o papo dos ajuste fiscal é a coisa mais atrasada que tem...E eu quero saber: com inflação sob controle e com a economia crescendo, vou fazer ajuste fiscal para contentar quem? Quem ganha com isso? O povo não ganha".

É fala típica de alguém de esquerda no poder. Não gostam de desgaste, tendem para o populismo. O Brasil do futuro importa menos do que a popularidade do momento. Se o próximo governo continuar a pisar no acelerador, só se terá mais dinheiro para mais assistência social, infraestrutura, ciência e tecnologia e mais tantas coisas se houver aumento de imposto. Tudo está no limite, só aumentando a carga tributária se pode ir no mesmo caminho que se veio até agora.

A fala de José Dirceu a petroleiros na Bahia mostra o caminho futuro do PT num governo Dilma. Lula ficou maior que o partido e o salvou do mensalão. Com uma vitória da Dilma, que é mais à esquerda que o Lula e sem a força dele, o "projeto" do partido, como disse Dirceu, seria colocado em prática. Entre eles o controle da mídia. Dá para acreditar também que pode voltar a tentativa da Lei do Audiovisual. Aquela que controla até grade de televisão, incluindo as novelas. Vamos ver coisas que até o diabo duvida.

No Rio só se fala em UPP ou Unidade de Polícia Protetora. O criador delas, Sérgio Cabral, dá votos à Dilma, diferente do que ocorre no resto do país. Dilma se apresenta no Rio sempre falando em UPP. Outra coisa sobre segurança no Rio: bandido não é mais herói, como era antes. Essa mudança é fundamental para entender o novo momento do Rio.

O que encabula é como o Serra não fala nada sobre essas ações da segurança no Rio. Usar o fato para criticar ou apoiar. Fala-se que o Lula teve 67% dos votos na última eleição e que a Dilma pode ter mais de 70%. E o Serra dependendo do complicado Cesar Maia.

Comenta-se também que Cesar Maia impôs Indio da Costa como vice no lugar de Álvaro Dias, tirando-o da disputa a deputado federal, só para beneficiar a candidatura de seu filho, Rodrigo. Os dois disputariam votos no mesmo espaço político. Os muitos desacertos em torno da candidatura Serra ajudou a arrastá-lo para baixo.

Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta às terças, quintas e aos domingos. Email: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com



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