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Quinta - 09 de Setembro de 2010 às 16:48
Por: Alfredo da Mota Menezes

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Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta
Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta

Revista semanal trouxe uma entrevista com o todo poderoso secretário executivo da Fifa, o francês Jerôme Valcke. Ele é o cara que gruda no pé de quem estiver pela frente sobre as obras para uma Copa do Mundo.

Na entrevista, ele fala que o Brasil não pode perder um dia sequer na sua programação para a Copa de 2014. Fala ainda que o maior problema do Brasil está nos aeroportos. Num trecho da entrevista diz que "se avaliarmos que algumas dessas cidades-sede não estão conseguindo se preparar a contento, infelizmente elas terão de ser cortadas".

Os fatos indicam que a Agecopa tem, até agora, feito seu dever de casa. O caso do aeroporto é do governo federal, da Infraero. Aí é que está a preocupação. Tem algo no ar preocupando todo mundo.

Publiquei nesta coluna, em janeiro deste ano, artigo reclamando do aeroporto que serve Cuiabá. Falava que estava uma porcaria o atendimento a quem chegava nos vôos. Mostrava ainda números de passageiros, cargas e serviço postal do aeroporto em comparação com outros do país. Os dados levantados colocavam o aeroporto regional numa posição que deveria merecer mais atenção da Infraero.

A Infraero respondeu ao artigo, que também foi publicado em janeiro, em que ela dizia que estava praticamente tudo resolvido.

Em sua resposta, a Infraero escreveu ainda que o projeto "para o novo aeroporto estava pronto para atender a demanda atual e a Copa de 2014" e que o processo "licitatório estava em andamento".

Escreveu também que seriam ampliadas todas as áreas do terminal e que se teriam seis pontes de embarques e desembarques. Que o estacionamento seria ampliado, também o pátio de aeronaves e as vias de acesso ao aeroporto. Dizia, por fim, que "a previsão de término das obras é dezembro de 2012".

Agora se fica sabendo que não se tem ainda licitação da obra. Que as intervenções físicas serão menores do que se falava e que não estariam previstas obras nas vias de acesso. Estavam previstas antes, segundo o comunicado anterior da Infraero.

Será que parte do dinheiro destinado ao nosso aeroporto vai nutrir outros lugares que tem pressão política e eleitoral mais forte? O que de fato está acontecendo? Da parte do estado parece que tudo corre dentro do programado. Brasília e a Infraero é que se colocam de forma dúbia.

Época de eleição é momento de pressão, gente. Se não forem confirmados agora alguns comprometimentos, deveríamos olhar com mais cuidado a ameaça do francês secretário executivo da Fifa.

Alfredo da Mota Menezes escreve em A Gazeta. Email: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com



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